quinta-feira, 19 de junho de 2008

Força Estranha!!!

Eu vi um menino correndo
eu vi o tempo brincando ao redor
do caminho daquele menino,
eu pus os meus pés no riacho.
E acho que nunca os tirei.
O sol ainda brilha na estrada que eu nunca passei.
Eu vi a mulher preparando outra pessoa
O tempo parou pra eu olhar para aquela barriga.
A vida é amiga da arte
É a parte que o sol me ensinou.
O sol que atravessa essa estrada que nunca passou.
Por isso uma força me leva a cantar,
por isso essa força estranha no ar.
Por isso essa voz tamanha.

Eu vi muitos cabelos brancos na fronte do artista
o tempo não pára no entanto ele nunca envelhece.
Aquele que conhece o jogo, o jogo das coisas que são.
É o sol, é o tempo, é a estrada, é o pé e é o chão.
Eu vi muitos homens brigando. Ouvi seus gritos
Estive no fundo de cada vontade encoberta,
é a coisa mais certa de todas as coisas.
Não vale um caminho sob o sol.
É o sol sobre a estrada, é o sol sobre a estrada, é o sol.
Por isso uma força me leva a cantar,
por isso essa força estranha no ar.
Por isso é que eu canto, não posso parar.
Por isso essa voz tamanha.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

.... Valeu a pena.....

Eu nasci em uma tarde de junho... Minha mãe tinha 31 anos, muita experiência pois já tinham 3 filhos antes de mim. Ainda senti na barriga da minha mãe muitas vezes ela aflita, preocupada... Mais ela quase nunca me sentia na barriga dela, dizendo que tudo daria certo, e nesse dia 14 de junho minha mãe foi ao Hospital onde tudo na minha vida mudaria.
Os primeiros dias foram de luta pela vida, os piores dias da minha vida, acho que nesses 25 anos essa e a primeira vez que eu penso com detalhes em tudo que eu e minha mãe passamos. Depois que passou o perigo de morte uma equipe de mais o menos 10 médicos entrou no meu quarto e deu a noticia para minha mãe, em porcentagens as chances que eu tinha de ficar surta, cega, muda de ter problemas motores etc. nem tinha idéia do que seria paralisia cerebral. Nesse momento minha mãe queria de qualquer jeito, só não queria me perder . Quero que vocês entendam que ate aquele dia, todo o problema que eu tinha imediatamente minha mãe pensava “Ok... vou dormir e amanha já vai estar melhor”
Ai vem o primeiro tropeço de fé... Todos os dias no Hospital minha mãe perguntava a Deus “Por que minha filha?”... Minha mãe pessoa criada em ambiente religioso, passou a não rezar mais. Passou meses sem orar a nada... totalmente desacreditada. Como esperado minha mãe não recebeu nenhum milagre para me curar, pois a paralisia cerebral não tem cura, mais a vida da minha mãe tomou outro rumo, e mais o menos como a musica de Astortar Piazzola “Adios Nonino” ele escreveu esta musica quando ao voltar de uma péssima turnê seu pai e melhor amigo faleceu, quem escuta a musica sente todas as emoções dele naquele momento... As mesma que minha mãe sentiu... O primeiro momento de ansiedade e confusão, a tristeza profunda, a irritabilidade e a recuperação. E quando ela viu eu mecher os pés, e escutou alguns sons saindo da minha boca, ela passou a acreditar,
“QUE TUDO POSSO NAQUELE QUE ME FORTALECE”...
Essa foi a recuperação da minha mãe, e começou a estudar a paralisia colocando um motivo maior, a minha vida.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Assim que me sinto hoje

Aceite-me como eu sou porque não tenho garantias e nem tenho a pretensão de ser alguém perfeito.Toda a perfeição não posso ter. Eu sou como você. Sou da espécie humana.Sou capaz de errar. O erro, não é falha de caráter e errar faz parte da natureza humana.Eu vivo, eu sorrio e eu também aprendo.Meu conhecimento é incompleto.Estou na busca o tempo todo, nas horas acordadas e nas horas de sono.Eu tenho um longo caminho a ser percorrido, assim como você também tem.Aprendemos nossas lições pelo caminho. Atingiremos a sabedoria.
Assim, por favor, aceite-me como sou! Porque eu sou só eu. Apenas eu.Não há ninguém igualzinho a mim no mundo. Esta é a única garantia que dou.É assim que eu me sinto. Eu tenho um coração. Abra-me e veja-o!Por favor, cuide bem dele. Ele é tudo que eu sou.