sexta-feira, 13 de junho de 2008

.... Valeu a pena.....

Eu nasci em uma tarde de junho... Minha mãe tinha 31 anos, muita experiência pois já tinham 3 filhos antes de mim. Ainda senti na barriga da minha mãe muitas vezes ela aflita, preocupada... Mais ela quase nunca me sentia na barriga dela, dizendo que tudo daria certo, e nesse dia 14 de junho minha mãe foi ao Hospital onde tudo na minha vida mudaria.
Os primeiros dias foram de luta pela vida, os piores dias da minha vida, acho que nesses 25 anos essa e a primeira vez que eu penso com detalhes em tudo que eu e minha mãe passamos. Depois que passou o perigo de morte uma equipe de mais o menos 10 médicos entrou no meu quarto e deu a noticia para minha mãe, em porcentagens as chances que eu tinha de ficar surta, cega, muda de ter problemas motores etc. nem tinha idéia do que seria paralisia cerebral. Nesse momento minha mãe queria de qualquer jeito, só não queria me perder . Quero que vocês entendam que ate aquele dia, todo o problema que eu tinha imediatamente minha mãe pensava “Ok... vou dormir e amanha já vai estar melhor”
Ai vem o primeiro tropeço de fé... Todos os dias no Hospital minha mãe perguntava a Deus “Por que minha filha?”... Minha mãe pessoa criada em ambiente religioso, passou a não rezar mais. Passou meses sem orar a nada... totalmente desacreditada. Como esperado minha mãe não recebeu nenhum milagre para me curar, pois a paralisia cerebral não tem cura, mais a vida da minha mãe tomou outro rumo, e mais o menos como a musica de Astortar Piazzola “Adios Nonino” ele escreveu esta musica quando ao voltar de uma péssima turnê seu pai e melhor amigo faleceu, quem escuta a musica sente todas as emoções dele naquele momento... As mesma que minha mãe sentiu... O primeiro momento de ansiedade e confusão, a tristeza profunda, a irritabilidade e a recuperação. E quando ela viu eu mecher os pés, e escutou alguns sons saindo da minha boca, ela passou a acreditar,
“QUE TUDO POSSO NAQUELE QUE ME FORTALECE”...
Essa foi a recuperação da minha mãe, e começou a estudar a paralisia colocando um motivo maior, a minha vida.

2 comentários:

Tricota e Crocheta disse...

Você é um exemplo a ser comemorado! Que bom que este blog tá criando vida!
Vou adicioná-lo aos meus favoritos, posso?

Beijos

Aline Fernandes disse...

oi Gabi!!!

resolveu colocar o texto né!?!
lindo...

bjim

sua colega de trabalho:
Aline Fernandes